segunda-feira, junho 11, 2007

Moisés Ballasiano


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Quem lembra do nosso coordenador e professor de estatística? Um grande sujeito, muito sério e bom professor. Até hoje gosto de estatística.

sábado, janeiro 28, 2006

sexta-feira, dezembro 26, 2003

Aquários da Biblioteca

Vcs lembram da biblioteca que tinha umas salas envidraçadas? Fazíamos tanta zoeira (ainda se usa isso?) que várias vezes quase fomos expulsos de lá. Uma vez, me lembro, a Cristina teve um daqueles ataques de riso intermináveis com alguma piada que tivemos que sair da biblioteca antes que os fossemos todos expulsos da FGV definitivamente. Sendo a última turma acho que ficamos com síndrome de caçulas. Sempre fazendo bagunça mas muito queridos por todos. Alguns devem saber que o moço da foto-copiadora (que na época se chamava Xerox, a máquina não o moço) era o fornecedor de bagulho, daqueles que o Bill Clinton e o FHC disseram que usaram quando estavam na faculdade. Claro que como eu nunca quis ser presidente, não sei do que se trata.

Délio Maranhão

Gostaria que os advogados da turma falassem um pouco sobre o Délio Maranhão. Ele foi talvez o professor que mais marcou nossa turma. Suas aulas eram mais que lições de Direito eram lições de vida. Lembro-me como ele chegava com aquele jeito animado, como se estivesse sempre chegando numa festa muito aguardada, entrava na sala e começava a falar, contava casos, discutia política, economia, direito, questões nossas da faculdade, tudo era tema para análises profundas, inteligentes e interessantes. Sabia ouvir e comentava nossos comentários, coisa rara, e sempre acompanhado de um sorriso e uma alegria peculiar. Foi paraninfo de nossa turma, uma pequena homenagem que foi o que estava ao nosso alcance para uma figura tão importante. Não soube mais dele.

Gilberto Heilborn

O meu tio Gilberto era uma pessoa muito especial mesmo. Ele morreu há uns 15 anos depois de um cooper na praia ao meio dia que o levou a um enfarte, vários dias de UTI e a um segundo enfarte dessa vez fulminante. Após uma certa idade não podemos desafiar nosso corpo, mas ele sempre foi atleta e gostava de praia, frescobol, tênis, futebol e muito vaidoso e orgulhoso de sua condição física. Deixou 3 filhos e uma viúva, irmã do meu pai. Um dos filhos é hoje jornalista e apresentador do Globo News, Luis Ernesto Lacombe Heilborn, que adotou na Globo o nome Luis Ernesto Lacombe. Para as meninas saudosas do tipo físico do Gilberto tenho certeza que o Luis Ernesto faz jus ao pai. Tio Gilberto deixou muito material para um livro sobre O&M e organização empresarial que ele ia escrever e, como ele e meu pai sempre deram aulas juntos em diversos cursos, quando ele morreu minha tia entregou todo esse material para meu pai. No ano passado meu pai finalmente publicou o livro Administração Princípios e Tendências pela Saraiva em co-autoria póstuma com o Gilberto. Tem muito material novo, pois meu pai leciona outras matérias de administração e agregou toda a experiência de ensino que ele tem. O livro hoje está sendo adotado na UFRJ e em outras faculdades de administração pelo Brasil a fora.

segunda-feira, dezembro 22, 2003

Bill Evans

Bem, vocês podem pensar o que o Bill Evans estaria fazendo num blog de graduação de Administração. Mas me lembro do dia que saiu no JB de manhã, primeira página, "Morreu Bill Evans". Coincidência ou não (sincronicidades jungianas estão aá­ para isso) a primeira aula do dia era do Bira de microeconomia. O Bira estava arrasado, e naquele dia em vez de microeconomia tivemos uma aula sobre jazz. Talvez poucos se lembrem desse fato que me chamou atenção, pois o silêncio daquele piano afetou as curvas de demanda e detonou a elasticidade da oferta e nos apresentou o lado emotivo e musical do Bira.

terça-feira, dezembro 16, 2003

Tecnologia de ponta

Quando entramos na FGV a faculdade era o supra sumo da tecnologia educacional, tinhamos quadro branco, ar-condicionado em algumas salas, computador, biblioteca, retroprojetor, bancos acolchoados, e a maravilhosa arquitetura de Niemeyer que nos brindou com imensas pilastras tão úteis na hora da cola. Ainda estaria anos luz na frente de muitas instituições de hoje, mas olhando retrospectivamente, não era isso realmente que fazia a diferença. Apesar de ser importante, as pessoas era o que contava. Os professores e os alunos. Até o prof de educação física era doutor e falava alemão! Era uma época que sexo era seguro e mergulho era um esporte de risco, que o PT era o sonho de uns e pânico de outros, que virar o disco tinha sentido, que cartão de natal era recebido pelo correio e podia ser pregado na parede, que cair a ficha era necessário para completar a ligação. Que existia papel almaço, formulário de perfuração, ficha de biblioteca, tatuí na areia e planos para o futuro.

segunda-feira, dezembro 15, 2003

Tia Cecília na Janela

Não sei se vcs lembram mas eu tinha uma tia de mais de 90 anos que morava ao lado da FGV. No primeiro ano nossa sala era exatamente em frente a janela da casa dela de onde ela me dava adeus todas as manhãs. Ninguém acreditava que eu realmente a conhecia, até que eu fui na casa dela e apareci na janela. Ela morreu pouco tempo depois como também a sobrinha dela que morava lá. Uma com 93 e a outra com 87, ambas não saiam do apartamento há mais de 20 anos!

quinta-feira, dezembro 11, 2003

Convido a todos a popular o site. Contem, por exemplo, como foi a introdução do Dornbush, como foi a primeira prova de estatística (quase o mesma coisa que o ítem anterior), contem seus causos, mas como isso está na Internet, evitem comprometer pessoas sérias que demoraram 20 anos para criar uma aura de austeridade, moralidade, probidade e outros dades contando aqueles episódios que todos preferíamos esquecer ter vivido e que depois se gastará uma grana de advogado para me processar por ter proporcionado essa oportunidade. Pensando bem nada de drogas, sexo, colas em provas, roubos de trabalho, chantagens com professores, bebedeiras vexaminosas... Bem se sobrar alguma coisa para contar, já temos o espaço.
Montei esse blog na (vã?) esperança que todos contribuíssem com as memórias daqueles tempos. Lembranças que quando colocadas juntas podem gerar novas lembranças e criar uma história. A nossa história. Afinal, fizemos história sendo a última turma, fizemos história com nossas tantas histórias. Fizemos história vivendo nossa juventude em companhias tão especiais que 20 anos depois parecia que o tempo não tinha passado e que nossas vidas não passaram de um sonho num cochilo entre uma aula de estatística e uma de economia.
Gostaria de prestar uma homenagem ao meu tio Gilberto Heilborn que morreu aos 49 anos (na flor da idade) e que foi um professor querido que guardo muitas saudades, não só como tio mas como o professor brilhante e bem humorado que ele era.